sábado, 25 de julho de 2009

Deu no "Estadão" em 01 de outubro de 2008

"Com 90% de alfabetizados, Sobral vira referência em educação
Sobral levou alfabetização a 90% com projeto que prioriza gestão escolar e rotina de ensino.

Enviada especial da BBC Brasil a Sobral - Em sete anos, a cidade de Sobral no semi-árido nordestino elevou a mais de 90% o índice de alfabetização, zerou a taxa de abandono escolar até a quinta série e se tornou referência em educação no Brasil.

A 230 km de Fortaleza, Sobral começou a implementar metas de desempenho e estabelecer rotinas de práticas pedagógicas depois de constatar que, como ainda acontece com 84,5% dos alunos brasileiros, as suas crianças iam à escola, mas não aprendiam.

"Era aquela coisa: 'a gente finge que dá educação, eles (alunos) fingem que recebem e tudo bem'", admite a diretora da Escola Padre Osvaldo, Maria Lucilene de Lima.

Entre 2001 e 2007, o município quase dobrou (49,1% para 93,4%) o índice de alunos da segunda série alfabetizados e se tornou modelo para o Programa de Alfabetização Idade Série, implementado em todo o Estado do Ceará.

"No início foi sofrido porque era uma mudança de concepção, uma nova forma de fazer educação", lembra Lucilene, que na última quarta-feira comemorava o fato de que apenas quatro dos 300 alunos do turno da manhã haviam faltado.

Sobral obteve 4,9 no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2007, contra 4 em 2005. O número ainda está distante da meta de 6 que o Plano de Desenvolvimento da Educação propõe para 2022, mas está acima da média nacional (4,2) e é bem superior à média do Nordeste (3,5).

"O que a gente faz é cumprir o que está na lei (em relação à destinação de recursos, 25% da receita municipal). Pode melhorar ainda mais", afirma a coordenadora do ensino fundamental de Sobral, Iracema Souza.

Analfabetismo escolar

O ponto de virada para o município cearense foi 2000, quando uma avaliação mostrou que metade dos alunos (48%) da antiga segunda série não conseguia ler sequer palavras, muito menos textos.

O resultado desmoralizou os investimentos que vinham sendo feitos na construção de novas escolas e levou o município a questionar o desempenho que esses alunos teriam nos anos seguintes.

"No início de 2001 uma avaliação identificou que 60% das crianças na segunda série não sabiam ler, assim como 40% na terceira e 20% na quarta. Estávamos diante de um fenômeno denominado de analfabetismo escolar", afirma o secretário de Educação de Sobral, Julio Cesar da Costa Alexandre.

As primeiras medidas foram a redução do número de escolas para melhorar o acompanhamento de alunos e professores e a ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos, mudança depois adotada em todo o país.

Metas

Na época, Sobral instituiu 10 metas, sendo a primeira alfabetizar 100% das crianças ao final dos sete anos e, a segunda, alfabetizar as crianças que estavam no terceiro e quarto anos que também não estavam alfabetizadas.

Para atingir as metas, foi formulada uma política para fortalecer três eixos: gestão escolar, ação pedagógica e valorização do magistério.

A blindagem da educação contra indicações políticas e um rigoroso processo de seleção para diretores ajudaram a melhorar a gestão. Para fortalecer a ação pedagógica, os professores foram obrigados a voltar à sala de aula para estudar uma vez por mês, num programa de formação continuada em que revêem conteúdos e recebem material didático.

A professora do quarto ano Mariana Olbanha dos Santos, de 38 anos, diz que teve de mudar o seu jeito de dar aula.

"Alguns tabus foram quebrados", diz Mariana, no intervalo de uma formação em Língua Portuguesa. "A gente lecionava como tinha aprendido antigamente, aquela coisa fechada, e isso vem mudando. A gente tem trabalhado de maneira mais dinâmica."

Na estratégia de valorizar o magistério, Sobral paga gratificações para professores com base no desempenho da sua turma. Os que alcançarem a meta de alfabetização para a sua série ganham R$ 100. Os que ficam abaixo, R$ 65 e os que a ultrapassarem, R$ 130. Os salários, como em todo o país, são baixos: de R$ 222,81 a R$ 989,62.

Não faltam avaliações para medir o desempenho dos alunos. Só o município aplica duas por ano, fora as do Estado e a nacional, feitas uma vez por ano.

Rui Aguiar, técnico de projetos do Unicef (Fundo da ONU para a Infância), afirma que é importante fazer a avaliação pelo menos duas vezes por ano para que se possa fazer correções de um semestre para o outro, mas alerta para o excesso de avaliações.

"O ideal é que no futuro esses instrumentos (municipal, estadual e nacional) sejam unificados." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. "

Para ler a Reportagem, Clique Aqui.

Eclipse em Sobral - Deu no Jornal "O Estado de São Paulo"



"Diz que o povo abarrotou a igreja, em frente do acampamento onde tinham sido instaladas as lunetas e equipamentos de medição dos gringos. As senhoras, terços enrolados nas mãos em prece, achavam que o mundo ia se acabar. Diz que algumas corriam pelas ruas batendo panelas, na esperança de espantar os maus espíritos. Já as grávidas foram trancafiadas em seus quartos desde o dia anterior para que não gerassem filhos escuros como as trevas. E diz que às 8 horas, 58 minutos e 28 segundos da manhã do dia 29 de maio de 1919, a sombra da Lua cobriu por completo a circunferência do Sol. Os galos, confusos, puseram-se a cantar como se fosse noite. E, por não mais que cinco minutos, as estrelas saltaram aos olhos dos cientistas maravilhados.

O eclipse, acompanhado por uma equipe de astrônomos ingleses, americanos e brasileiros, mudaria não apenas a rotina dos então cerca de 6 mil habitantes da pequena Sobral, a 235 quilômetros de Fortaleza, no Ceará, mas os próprios rumos da ciência naquele início do século 20. À época, a cidade, que tem hoje 155 mil habitantes e é conhecida por ser a terra natal dos irmãos políticos Cid e Ciro Gomes, era iluminada por lampiões e puxada por charretes e carroças. Foi essa espantosa expedição científica que levou o primeiro automóvel visto por lá, um Ford Modelo T, o famoso Ford Bigode. E as mães sobralenses, sobressaltadas, recomendavam às crianças que não se metessem com o carro "para ele não ‘pisar’ nelas", diverte-se o físico cearense Emerson Ferreira de Almeida, professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú. Aos 38 anos, Emerson é o responsável pelo Museu do Eclipse, erguido há dez anos pelo então prefeito e atual governador Cid Gomes na praça central, da Igreja de Nossa Senhora do Patrocínio, local exato onde os astrônomos primeiro fincaram suas lunetas.

O que levou alguns dos mais proeminentes cientistas do mundo àquele vilarejo perdido no interior do Ceará foi um conjunto de condições astronômicas e atmosféricas indispensáveis para a realização de um ambicioso experimento. A equipe chefiada pelo astrônomo inglês Arthur Eddington desejava testar a teoria da relatividade geral, publicada em 1915 por um então desconhecido Albert Einstein, afirmando que a massa dos corpos celestes deforma o espaço próximo a eles, de modo que um raio luminoso se curva para seguir tal deformação - a chamada "deflexão da luz pela gravidade".
Até então, a teoria da gravitação universal, de Isaac Newton, admitia que a gravidade dos corpos celestes atraía a luz, mas sem deformação do espaço. A única maneira de se verificar quem estava mais próximo da verdade em sua explicação da "curvatura da luz" seria fotografando a posição das estrelas durante um eclipse total do Sol, em uma região da Terra em que o fenômeno fosse perfeitamente observável. "Sabia-se que em 1919 a sombra da Lua passaria exatamente por Sobral. E a cidade foi escolhida para o experimento, com a Ilha Príncipe, possessão portuguesa na costa ocidental da África", conta Emerson.

Pode-se imaginar as dificuldades de logística naqueles anos conturbados que sucederam à 1ª Guerra Mundial. Ainda assim, com o apoio de Frank Dyson, o Astrônomo Real, e de autoridades científicas norte-americanas, Eddington angariou as necessárias £ 1.100, uma pequena fortuna à época, e organizou duas equipes: uma para Sobral, outra para Príncipe. Além de tudo isso, era preciso contar com condições climáticas favoráveis no dia da coleta dos dados. Para o azar de Eddington, que preferiu a Ilha Príncipe, São Pedro não ajudou: o dia amanheceu chuvoso e, das 16 fotos gravadas em placas de vidro emulsificadas, apenas duas imagens se mostraram úteis - ainda que imprecisas.

Em Sobral, reza a lenda que as nuvens se abriram no momento em que o eclipse se formava. E 7 das 16 tentativas de registro feitas pelo grupo encabeçado pelo britânico Charles Davidson e pelo irlandês Andrew Crommelin, com a ajuda do brasileiro Henrique Morize, diretor do Observatório Nacional do Rio de Janeiro, saíram impecáveis.

Para se comparar o desvio da luz das estrelas com e sem a presença do Sol e provar o efeito da gravidade do astro rei sobre ele era preciso fotografar o mesmo campo celeste em uma noite clara e em condições análogas. Os astrônomos aguardaram dois meses no Brasil pelo momento certo, período durante o qual compreensivelmente optaram pela brisa costeira de Fortaleza. "Finalmente pudemos sair do clima enervante de Sobral", registra em seus diários um encalorado Crommelin.

Completada a fase de coleta de dados, veio a de medição das placas fotográficas com as posições das estrelas à noite e durante o eclipse, processo delicado e penoso. Os números obtidos iriam mostrar se a teoria newtoniana continuava a mais correta ou fora desbancada pelas equações de um jovem, e até então anônimo, físico alemão de cabelos desgrenhados.

No dia 6 de novembro de 1919, durante a reunião do Joint Eclipse Meeting, em Londres, Eddington e Dyson enfim apresentaram os resultados. O matemático e filósofo Alfred North Whitehead, presente ao evento, descreveu a cena: "Havia um elemento dramático naquele cerimonial tão cênico e tradicional, o qual se dava tendo como pano de fundo um retrato de Newton, que nos lembrava que a maior das generalizações científicas acabava, naquele exato momento, após mais de dois séculos, de receber a sua primeira modificação". Einstein estava certo. Nas palavras do historiador inglês Paul Johnson, "o mundo moderno começou em 29 de maio de 1919, quando fotografias de um eclipse solar, tiradas na Ilha Príncipe, na África Ocidental, e em Sobral, no Brasil, confirmaram a verdade da nova teoria do universo".

O mistério que permanece é por que a saga de Sobral continua tão pouco conhecida no Brasil e no mundo. Dentro da própria comunidade científica internacional prevalece uma tendência a sobrevalorizar a expedição à Ilha Príncipe em detrimento de Sobral. "A superioridade dos dados de Sobral é bem clara", sustenta o astrônomo Augusto Damineli, professor titular do Instituto de Astronomia Geofísica e Ciências Atmosféricas, da USP. "A memória se perdeu ao longo do tempo talvez porque o Observatório de Greenwich, de onde vinham os astrônomos que foram para Sobral, perdeu importância após a 2ª Guerra Mundial. Já o de Cambridge, de onde eram os que foram para a Ilha Príncipe, adquiriu importância crescente." Damineli acredita que a polêmica terá destaque na Assembleia Geral da União Astronômica Internacional, em agosto, no Rio de Janeiro.

O maior interessado, porém, jamais deixou de pôr luz nos méritos da experiência cearense. Durante sua passagem pelo Rio, em 1925, já convertido em gênio da ciência e celebridade mundial, Albert Einstein reconheceu, em uma entrevista a Assis Chateaubriand: "A questão que minha mente formulou foi respondida pelo radiante céu do Brasil".
Fonte: Jornal Estadão

terça-feira, 21 de julho de 2009

O Blog completa 900 Postagens


Terça-feira, 21 de julho de 2009, aproximadamente 15h 50 min.

Gato, Gata, Gatinho...Gatos em geral.





Julho de 2009

Colégio Professor Arruda


Praça Duque de Caxias(antiga Praça do Siebra, depois Praça do Bosque), julho de 2009

Casa do Professor Olimar Carneiro


Rua Dr. João do Monte, julho de 2009.

Casa do Zé Mário Pimentel Gomes


Rua Dr. João do Monte com Rua Maria Tomásia, julho de 2009.

Quantas noites já passamos juntos...




Julho de 2009

Antigos tanques de óleo da Cidao


Julho de 2009

Placa do Auditório Trajano de Medeiros


Julho de 2009

Gatos no Campus da Cidao




Julho de 2009

Casa na Rua Dr. João do Monte


Ao lado direito vê-se a casa onde morou o Édson "Fartura". Foto de julho de 2009.

Gatinho no Telhado


Julho de 2009.

Casa na Avenida Dom José


Só o autor do Blog pode interpretar o significado da foto. Julho de 2009.

Sebastião e Kelson Albuquerque


Bar do Fernando Miriquita, sábado, 11 de julho de 2009.

Dr. José Carlos Magalhães e Marcelo Castro


Bar do Miriquita, sábado, 11 de julho de 2009.

Gilberto Napoleão e Miriquita


Sábado, 11 de julho de 2009.

Renato Parente e esposa


Bar do Miriquita, sábado, 11 de julho de 2009.

Gilberto Napoleão


Bar do Fernando Miriquita, sábado, 11 de julho de 2009.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Francisco Lopes Viana


Meu Estimado Professor da Disciplina "Hidrologia" no Curso de Engenharia Civil da Unifor(1982).

Acerca do Prof. Viana transcrevo interessante artigo que encontrei no Blog " Forquilha Ontem Hoje e Sempre" .

"O forquilhense Francisco Lopes Viana possui graduação em Engenharia Civil (Recursos Hídricos) pela Universidade Federal do Ceará (1974) e mestrado em Engenharia Civil (Recursos Hídricos) pela Universidade Federal do Ceará em (1976). Atualmente exerce a função da Superintendência de Outorga e Fiscalização da Agência Nacional de Água - ANA. Viana como é conhecido no meio popular forquilhense, é filho do inesquecível Zequinha Martins e de dona Oneida Lopes, tendo o mesmo se destacado com seus conhecimentos na área de Política da Educação dos Recursos Hídricos deste País. O intelectual já foi presidente das seguintes Instituições no estado do Ceará: FUNCEME - Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos e da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos - Cogerh. Atualmente na ANA tem desenvolvido uma belíssima administração onde já compareceu a sede da Administração central do DNOCS em Fortaleza, sendo recebido pelo grande estadista Dr. Elias Fernandes Neto Diretor Geral desta Autarquia centenária, e demais técnicos que trataram do projeto de revitalização do primeiro Açude nordestino a ser revitalizado que é o Açude de Forquilha. O nosso conterrâneo Dr. Francisco Lopes Viana, se mostra otimista neste projeto pioneiro no Brasil e disse que prevê que num prazo de cinco anos, cessadas todas as agressões ao reservatório, possa haver um retorno pleno da qualidade original da água deste bem natural. ."

Marcelo Castro Cavalcante


Bar do Miriquita, sábado, 11 de julho de 2009

José Roberto Arruda


No barzinho que fica atrás do teatro São João e que já foi o "Bar da Boa". Sexta-feira, 10 de julho de 2009.

Prefeito Leônidas Cristino


com sua esposa Da. Lili, Dr. Gerardo Cristino, Rubens Lima e Chico Antônio.
Sexta-feira, 10 de julho de 2009.

Titãs e Paralamas do Sucesso


Arco Nossa Senhora de Fátima, sexta-feira, 10 de julho de 2009

Antonio Gregório de Oliveira


Afonso Grill, julho de 2009.

Avenida Dr. Guarany


Julho de 2009

Nelzinha (II)


Julho de 2009

Nelzinha


Julho de 2009

Rua Maria Tomásia



Prédio do Oscar e Crea. Julho de 2009

Rua Maria Tomásia com rua Oriano Mendes


Going to Miriquita's Bar. Sunday, 05/07/2009.

Bar do Fernando Miriquita






Aldenor Junior, Gilberto Napoleão, Fernando Miriquita e Átila. Domingo, 5 de Julho de 2009

Bar do Dermeval





Sábado, 4 de Julho de 2009