segunda-feira, 26 de abril de 2010

domingo, 25 de abril de 2010

Crônicas Sobralenses

Crônica 1

MEU IRMÃO

Éramos sete...Agora somos apenas seis! A fatalidade veio e de forma abrupta levou um de nós. Naquela quarta-feira, dia 15 de março de 2006, estávamos todos ali em torno do corpo inerte que jazia no caixão.
Por alguns instantes permaneci imoto, imóvel e introspectivo, nos olhos de todos vislumbrei um misto de tristeza, saudade e uma sensação inexprimível de solidão. Procurei então de maneira insofismável encarar friamente o fato. E é evidente, não consegui! Entre murmúrios, sussuros, choros e lágrimas passeei fagueiro em feérica e alucinante viagem, atravessando o tempo e o espaço em inimagináveis espectros de realidades já vivenciadas.
Sim, Randal, é claro tu estavas no centro delas junto com nossos pais, que já se foram, e irmãos que aqui ainda estão. Ví-te na nossa querida Reriutaba, nos primeiros anos ante nossos avós que o adoravam. Como era verde aquele vale com toda a doçura de uma infância feliz. Já a adolescência a tudo e a todos parecia que assim também seria! Ledo engano, em apenas três anos perdemos nosso avô, nossa querida e inesquecível mãe e tu ainda tiveste a infelicidade de uma terrível tragédia pessoal que te marcou profundamente por toda a vida. Se afinal nem tudo na vida são apenas flores e amores, não precisava também tantos dissabores juntos, mas são os desígnios de Deus e não há como questioná-los.
Neste momento as lágrimas brotaram, e chorei, um choro contido, silencioso e solitário. A plena compreensão da finitude da vida e de sua efemeridade deu-me um ímpeto de encará-la de modo calmo e brando, então encarei teu rosto plácido e orei por ti, meu irmão. Enfim, todo começo tem um fim, uns embarcam mais cedo, outros demoram um pouco mais, mas todos nós, um dia iremos. Se do pó viemos, ao pó voltaremos!
É Randal, meu irmão, sentirei falta de tua incrível capacidade de superar com coragem as adversidades da vida, de tua alegria e vontade de viver, de tua inteligência brilhante e aguçada, de tua facilidade de fazer e cativar amizades, de tua prosa amistosa e otimista, de teus sonhos mirabolantes e principalmente meu irmão, sentirei falta de tua presença física, pois a espiritual sempre a terei por perto!
Ide e descanse em paz e que Deus o tenha junto a Ele! Amém!

PS: Crônica escrita por meu estimado amigo José Lucidio Castro Mesquita, Engenheiro Civil, Advogado e Professor Universitário, por ocasião do falecimento de seu irmão José Randal de Mesquita Filho, igualmente amigo do Autor deste Blog.
******************************************************
Crônica 2
Caetano Figueiredo
( Crônica de Wilson Vieira)
-------------------------------------------------------------------------------
Ontem à noite, já nos últimos momentos do dia 9, a Dama Branca desceu de novo sôbre Sobral. Poucos dias antes levou Ecmar Demétrio, o bom amigo. Agora foi Caetano Figueiredo o seu escolhido, já quáse septuagenário.
Quando isso acontece, dentro do meio social em que vivemos, a nossa sensação é a mesma de uma perda. Nos nossos cálculos estatísticos registra-se um déficit e no nosso sentimento uma espécie de abalo. Não estamos ainda bem acostumados com o inevitável.
Caetano Figueiredo é uma lembrança saudosa e inapagável nas minhas memórias. Lembro-me de um passado não muito distante, quando entrámos numa polêmica sôbre relatividade. Fogo de inteligências, procurando novas inteligências para um bate-papo científico. E também recordo do nosso solene momento de reconciliação.
Coisas passadas e bôas, que não nos saem do pensamento.
Foi nêsse dia, - - exercitados do loiro líquido dionisíaco, que - - estranho que pareça, - - declamou-me Caetano Figueiredo as suas métricas poéticas. Sonetos claros, de um parnasianismo incontestável. Amor ...filosofia...humorismo... e a ânsia incontida de buscar uma fé, naquele seu conhecido ceticismo.
Como Khàyyàam, Caetano preferia as taças maiores, considerando o eventualismo e a fugacidade desta pobre existência. Mas era cheio de bom humor, fazendo dêle o vínculo de sua personalidade com a sociedade que integrava no seu meio.
Caetano Figueiredo era filho do Dr. Antonio Figueiredo e de Dona Antônia Saboia Figueiredo, pessôas distintas e ilustres desta terra. Era Cel. do Exercito Brasileiro.
Inclinado às matemáticas, conheceu muito bem o calculo diferencial e os segredos equiparados da ciência dos números.
Newtoniano como muitos, havería de estranhar e até de duvidar desta desconsertante tecnologia que nos rodeia atualmente, e para a qual já sentimos distanciar-se a arte, com seus temas superados.
Era o meu anterior receio. E a sua contestação.
O velho sino da Sé, nestas dez horas solares, avisa o seu passamento. O tom do sino é longo e triste.
E seus amigos refletem e pensam na fragilidade humana.
------------------------------------------------------------------------------- Em 10-1-68
..................................................
Essa crônica foi escrita por ocasião do falecimento de Caetano Figueiredo, ocorrido a 9 de janeiro de 1968, e de quem Wilson Vieira era amigo.(Transcrita ipsis litteris)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Jefferson de Jericoacoara - Bi-Campeão Medalha de Ouro OBMEP- Rio






Seção FlashBack - Casos&Causos&Causas de Sobral City e de seus Habitantes

Causo 1 - - - - Tonico Figueiredo
Tonico Figueiredo foi personagem inesquecível para muitos sobralenses. Funcionário do Banco do Brasil, era primo e foi muito amigo(também de cerveja...) de Caetano Figueiredo, pai dos Autor destas linhas.
Tinha por volta de 10 anos de idade quando ouvi meu saudoso pai, sob efeito do vinus, o qual tomava diariamente, narrar, entre gargalhadas e sem maldade alguma, para os amigos, história que envolvia o seu primo Tonico.
Segundo Caetano, Tonico possuia, década de 1950, um sítio na antes arborizada Serra da Meruoca, atualmente quase devastada.
Neste sítio existia um cacimbão, cuja água abastecia Tonico e seus familiares e amigos.
Aí surgiu um problema. Algumas lavadeiras resolveram lavar roupas, na ausência de Tonico, usando águas do cacimbão. Ocorre que a água usada corria, em grande quantidade, de volta para a fonte, poluindo a mesma.
Depois de muitas e muitas reclamações, sem ver atendidas suas justas reinvidicações, resolveu Tonico tomar a dianteira dos acontecimentos.
Chegou, certo dia, de surpresa e bem cedo, ao sítio. Tirou a roupa e escondeu o corpo usando apenas uma toalha, dobrada à altura da cintura.
Chegando ao cacimbão, nas vizinhanças do qual se encontravam muitas lavadeiras entretidas com seu ofício e a contumaz conversa, Tonico Figueiredo, simplemente, "jogou a toalha".
Foi um corre-corre tremendo e há quem diga que até hoje as lavadeiras não foram apanhar as roupas que estavam lavando.
Às gargalhadas, Tonico voltou, em seu Jipe "Land Hover" para Sobral.
Por volta do final do Século XX, por aí, eu soube de notícias do Tonico Figueirdo morando em Niterói, Estado do Rio. Contou-me a pessoa em questão que Tonico, já quase nonagenário, costumava "tomar umas pinguinhas, vez ou outra, nas praias de Niteroi, olhando as moças bonitas."
Algum tempo depois, soube que Tonico Figueiredo falecera com mais de 90 anos de idade.
O Tempo é nosso maior Algoz.
(Daniel Figueiredo, 22/04/2010)
************************************************
Causo 2 - - - - Chico Figueiredo
Contou-me pessoa ligada à família, que teria ocorrido o seguinte episódio, certamente hilariante.
O então Deputado Francisco Figueiredo de Paula Pessoa (Chico Figueiredo), possuia casa na antiga Praça da Várzea; atravessando a rua chega-se ao local onde sempre funcionou a Mercearia do Enoque. Atualmente(2010) creio que nesta casa funcionaria uma Clínica Médica.
Bom de copo, bom de papo e fumante inveterado, como todo Figueiredo que se preza, saiu Chico Figueiredo de casa certa manhã, para reencontrar os amigos no Beco do Cotovelo, já que morava, na realidade, em Fortaleza.
Cheguei a visitar um de seus filhos, Dedé Figueiredo, pessoa muito estimada, em citada casa, que ficava na Avenida Santos Dumont, lado direito de quem vai para o Center Um, já quase chegando na Av. Barão de Studart( isto em 1973).
À tarde, um de seus netinhos ganhou de presente um tejo(pequeno réptil do Sertão). Devido ao calor de Sobral, por notar o animal muito abatido, citada criança resolveu encher a banheira com um pouco d'água e lá colocar o réptil. O tempo passou...
Certamente que o saudoso Deputado encontrou-se com amigos, neste dia; assim, em situações similares,....uma (ou mais, certamente...)cerveja bem gelada é indispensável.
Ao voltar para casa, por volta de meia-noite, à época considerado horário tardio, já sob o efeito do loiro líquido dionisíaco(como afirmava o saudoso Wilson Vieira), ao abrir a porta do banheiro, deu de cara com o inofensivo tejo, que fazia rebuliço dentro dágua.
Imediatamente Chico teria gritado: " Socorro, Didita! Me acode aqui depressa que estou muito ruim! Estou até vendo jacaré!".
Ao que a sua dedicada esposa o teria tranquilizado afirmando que o jacarezinho era na realidade um tejo que tinha sido colocado, durante a tarde, na banheira, por seu netinho.
Recordo-me perfeitamente de meu último contato com meu primo Deputado. Saia eu do trabalho às 9 horas da manhã(à época eu trabalhava de meia-noite à seis da manhã no extinto BMCPD - Banco Mercantil de Crédito Processamento de Dados Ltda, situado próximo ao Prédio dos Correios de Fortaleza), quando resolví dar uma passada no antigo Restaurante Belas Artes, do Osvaldo Azim, para comer uma panelada e começar o dia. Corria o ano de 1985(ou 1986).
Ao passar pelo Belas Artes, deparei-me com meu saudoso primo em animada mesa, colocada na calçada oposta ao Restaurante, com inúmeros amigos. Por ter ele conhecido meu pai e me ter reconhecido, convidou-me para sentar.
Tive a satisfação de ter tomado umas três cervejas com ele, e o mesmo não deixou-me pagar a despesa.
Fumamos, bebemos, conversamos amenidades. Onde o Deputado chegava, pelo seu carisma, pela sua animada conversa, o local parecia ganhar vida.
Depois soube que ele falecera por volta de 1990.
Guardo hoje, ainda, em meu baú de recordações, os sons da voz forte e da gargalhada do ex- Deputado, precocemente falecido.
O Tempo não pára.
(Daniel Figueiredo, 22/04/2010)
************************************************
Causo 3 - - - - Caetano Figueiredo
As Pedras Cachorritas

Contou-me o saudoso e inesquecível Prof. Maximino Barreto Lima(Mister Barreto), por volta de 1997, a estória a seguir relatada, a qual a minha pessoa desconhecia.
O pai do Autor destas linhas, Caetano Figueiredo(1902/1968), participou do Movimento Tenentista de 1922 e por este motivo foi excluído do Exército. Após o episódio, resolveu cursar Engenharia de Minas na cidade de Ouro Preto, tendo concluído citado Curso.
Quando Getúlio Vargas chegou ao poder, em 1930, anistiou todos os militares que tinham participado de Movimentos Revolucionários anteriores; assim, poderiam voltar para as Forças Armadas aqueles que desejassem e não tivessem sido excluídos por motivos justos(roubo, pederastia e outras causas). Assim, meu pai foi reintegrado ao Exército como Oficial da Arma de Engenharia, onde atingiria, mais tarde, a patente de Tenente-Coronel.
Tempos depois, fiel a Getúlio, ao ver o drama que o Grande Nacionalista Brasileiro passava, acuado por setores, em sua maioria, descompromissados com o Brasil, Caetano ficou extremamente desgostoso e resolveu, em solidariedade, por uma questão de gratidão, pedir seu afastamento do Exército.
Voltou para Sobral, sua Terra Natal e aqui dedicou-se a beber cervejas e vinho, a fazer poesias; também a rever os velhos amigos, que aqui deixara, cuidar de minha avó Ernestina Saboia(Totonia) e acabou conhecendo Maria Luiza, minha mãe, 35 anos mais nova que ele, com quem teve os filhos Sara(1953), Daniel(1955) e Nazira(1957). É desnecessário falar que tal fato foi um escândalo, para a Sobral da época, que ainda não possuia as Paradas de Primeiro de Maio atuais. Com certeza Caetano, se vivo fosse, daria boas gargalhadas ao ver rapazes tão alegres a desfilarem pelas ruas. Assim, graças à autenticidade do velho “Major Caetano”,que não curvou-se ao preconceito da época e ficou com minha mãe, estou aqui escrevendo estas linhas.
Porém, vamos ao que interessa.
Contou-me Mister Barreto que aqui havia, à epoca(década de 1950) não sei se próximo ao local da atual Fábrica de Cimento, indústria de garrafas de refrigerantes que eram fabricadas com vidro da cor verde. Próximo à fábrica, existia local onde os pedaços triturados do que restava da produção das garrafas, eram colocados. Seriam pedras semi-preciosas?
Dizem que pareciam, realmente, nas noites de luar.
Continuando, disse-me Mister Barreto que o Padre Tibúrcio passou por este local determinada noite e foi conferir o que seria aquele brilho, totalmente inusitado. Colocou pequena amostra em um saco e guardou ao chegar em casa. Dia seguinte, consultando amigos, estes, certamente com medo de contrariarem a opinião de Padre Tibúrcio, diziam: “É Padre. Parecem realmente serem turmalinas, ou pedras semi-preciosas, alguma coisa do gênero”.
Animado pela perspectiva, falou Padre Tibúrcio: “Quero a certeza... Tem alguém aqui em Sobral que poderia tirar esta minha dúvida?” Foi aí que um dos presentes disse: “Tem, sim, Padre! Tem o Major Caetano, que formou-se em Minas Gerais em Engenharia de Minas”.
Lá se foi o Padre Tibúrcio, levando pequena amostra do que encontrara, visitar meu pai.
Caetano estava, como de hábito, tomando o seu vinhozinho e lendo. Fico a imaginar se não estaria ele, no momento, a ler “De Belo Galia”, de Júlio César, que versa sobre a Campanha da Gália(França), conquistada pelo Imperador Romano. Este era, recordo-me, um de seus livros prediletos.
Atendeu o Padre gentilmente e, depois de examinar atentamente o que Padre Tibúrcio lhe mostrava, foi à sua estante, onde fingiu ler alguns trechos de livro que abordava o assunto Pedras Semi-Preciosas.
Ao se aproximar do Padre com o livro na mão, este, que não continha a ansiedade, indagou a meu pai:
“Major Caetano... as pedras são realmente semi-preciosas?”
Ao que Caetano respondeu:
“São sim, padre. Certamente.”
E o Padre: “Major...Como se chamam, então ?”
Caetano: “Chamam-se Cachorritas”.
Animado, Padre Tibúrcio indagou-lhe: “ Cachorritas? Para que servem?”
Concluiu meu pai: “ Servem para serem jogadas em cachorros, Padre Tibúrcio. São pedaços de vidros triturados.”
Padre Tibúrcio agradeceu e foi embora.
Caetano ficou a tomar o seu vinho Raposa, e a fumar seus cigarros Continental sem filtro, balançando-se em sua rede de tucum, creio que indiferente à proximidade da velhice, a deliciar-se com as suas leituras.
A vida é muito breve.
(Sobral, 29 de Abril de 2010)

************************************************
Causo 4 - - - - Breve Encontro que mantive com o ex-Presidente Gal. João Baptista Figueiredo
************************************************
Causo 5 - - - - Breve Encontro que mantive com o Líder Político Luis Carlos Prestes
************************************************
Causo 6 - - - - João Sales e o Judas
Passando o Reveillon de 2009 na Serra da Meruoca, com a minha família, tive a oportunidade de reencontrar pessoas muito estimadas.
Uma destas encontrei no Restaurante do João Raul, dia 01/01/2010, por volta das 19 horas.
Estava a tomar uma geladinha, e a refletir sobre a vida, quando adentrou no Bar o João Sales, irmão do Dico, com sua esposa. Pediu um wiskey e, como aquela hora somente estavam no bar nós três e o dono, tinha de aparecer uma conversinha para quebrar o tédio.
O silêncio da Serra , à noite, é algo maravilhoso. Aquele clima frio....
Bem, narrou-me então o João Sales a seguinte estória.
Disse-me ele que, por volta da década de 1950, costumava, junto com Hugo Alfredo e outros amigos, beber no Bar Antárctica, de saudosa memória. Eram jovens, à época, e, com certeza, muito brincalhões.
Tinha um Delegado, tipo metido a sério, que constantemente implicava com eles, impondo horário para fechar o bar e outras coisas do gênero.
Depois de muito sofrerem, resolveram ir à forra. Véspera do Dia de Judas, confeccionaram um boneco, colocaram bigode, chapéu, aquelas camisas de mangas compridas e....no peito do Judas, escrito na placa, em letras garrafais.... resolveram, de forma provocante, escrever o nome de citado Delegado. Penduraram o Judas defronte ao Bar Antártica.
Todos gostaram muito da brincadeira, exceto, evidentemente, o Delegado. Advertido por amigos, foi conferir o Judas. Depois de ser empezinhado e gozado por muitos dos então adolescentes ou rapazolas, o Delegado resolveu retaliar duramente. Já que, parece-me, o Hugo Alfredo era o dono do Antárctica, à época, o Bar foi imediatamente fechado.
Ocorre que o Bar tinha um cliente muito especial, amigo do Hugo Alfredo, e que só bebia, diariamente a sua cerveja, naquele local. Caetano Figueiredo não gostou muito da idéia de ver seu local predileto compulsoriamente fechado e.... mandou reabrir o Antárctica.
Por alguns dias, o sempre lotado Bar Antárctica teve apenas um cliente.
O Delegado passava, passava, e, prudentemente, não se pronunciava. Temerosos, os adolescentes e rapazolas não ousavam adentrar o local, com medo do Delegado. Lá dentro, apenas um cliente sorvia, calmamente, a sua geladinha. Escondidos próximo à Igreja do Rosário, João Sales e a sua patota davam risadas silenciosas ante a impotência do Delegado.
Tempos depois a situação normalizou-se e o velho e tradicional Bar Antárctica, orgulho dos biriteiros de Sobral, passou a funcionar normalmente.
É uma pena que o Bar Antárctica tenha desaparecido. Como eu seria feliz se, hoje em dia, pudesse tomar uma geladinha no mesmo local onde beberam ilustres sobralenses e nossos queridos antepassados.
Revertere ad Locum Tuum.
(Sobral, 01/05/2010, Sábado)
************************************************
Causo 7 - - - - Olavo Frota e os Juizes

Olavo Rodrigues Frota, casado com Antonina Figueiredo(Nena), irmã de meu pai, Caetano, foi um homem probo, íntegro, uma pessoa excelente.
Conheci-o em 1968, quando o mesmo morava próximo ao Colégio Cristo Rei, em Fortaleza, salvo engano na Rua Padre Luis Figueira. Homem pacato, inteligente, cordial, essencialmente bom. Foi Juiz de Direito em Sobral, Santana do Acaraú e em outras localidades da Zona Norte do Ceará. Por causa da Intentona de 1935 foi perseguido por suas opiniões.
Distinto casal, Olavo e Nena, geraram filhos. Sobreviveram Sílvio Geraldo(Dentista), Antônio(Médico) e João Byron de Figueiredo Frota(Advogado).
João Byron é o atual (em 2010) Corregedor Geral do Estado do Ceará, a exemplo do pai, homem de valor. Conheci Byron Frota em 1967, quando este veio a Sobral, logo depois de se formar em Direito pela UFC e pouco tempo antes de meu pai morrer. Geraldo e Antônio, conheci-os depois, em Fortaleza, e já são falecidos.
Mas o que eu gostaria de relatar foi um causo que o meu estimado e inesquecível primo Carlos Ernesto Saboia de Albuquerque (Carlinho Saboia, 1914-2007) contou-me certa vez. Pediu-me segredo e só coloco a história “no ar”, nas ondas hertzianas da Internet, porque o Carlinho já faleceu e também os demais protagonistas.
O tempo é o maior dos nossos algozes. O tempo é um carrasco.
Disse-me ele ter sabido por amigos que, na década de 1940, ou na de 1950, teria ocorrido o seguinte causo.
Tio Olavo estava em animada conversa, com mais dois distintos Juizes, a beber cervejas. Olavo Frota, ressalvo, conheci-o abstêmio e, com certeza, se bebeu algum dia na vida, o fez de forma muitíssimo controlada. O local , salvo engano, era o Bar Antárctica ou o Cascatinha, tradicionais na Princesa do Norte.
Advertida por amigas, ao aproximar-se da mesa, tia Nena teria encarado os três animados Juizes e colocado as mãos na cintura, certamente para avisar-lhes que não estaria gostando muito daquela animação, do descontraído papo.
Tolhidos de surpresa, os três Juizes entreolharam-se e teriam olhado para tia Antonina, atônitos e meio sem jeito e dado um sorriso, digamos, amarelado.
Ao que ela teria, depois de olhar-lhes nos olhos, indagado:
“De que riem estes três abestados?!”
Calaram-se.Certamente que o clima deve ter mudado na animada conversa a partir de então.
Até hoje, já mais que cinquentenário, nunca conheci mulher que gostasse de ver o marido a bebericar. Aliás, dizem as más linguas, mulher que “empurra o marido para beber”, estaria, na melhor das hipóteses, muitíssimamente má intensionada. Disto todos nós, homens, devemos saber. Quando a mulher chega para o marido que vem de algum bar e diz “ Oi amor... você já chegou? Está tão cedo...”, evidentemente que este deve passar, prudentemente, as mãos na testa para ver se eles, os dois, já não estariam lá...
(Sobral, 30/05/2010, Domingo)
************************************************

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Governador Cid Gomes Recebe Embaixador dos Estados Unidos



O governador Cid Gomes recebeu nesta terça-feira (20), no Palácio Iracema, o embaixador dos Estados Unidos, Thomas A. Shannon Jr. A visita de cortesia teve como objetivo estreitar as relações comerciais entre o Ceará e os Estados Unidos. Na conversa, o embaixador relatou o interesse do País em “explorar as oportunidades que o Nordeste, principalmente o Ceará, apresenta em diversos setores, como industria, comércio e turismo”, disse o embaixador.
Durante a conversa, o Governador apresentou as potencialidades do Estado para essas áreas, com destaque para Turismo, que representa cerca de 12% do PIB estadual, e Indústria, que representa entre 27% a 30%, e que “deve aumentar com a implantação da Siderúrgica e Refinaria no Estado”, avaliou Cid Gomes. Ele também destacou como um grande potencial de exploração por parte dos Estados Unidos os setores de Agronegócio e Fruticultura. “O Nordeste, e particularmente o sul do Ceará tem uma grande fronteira agrícola a ser explorada e com estrutura para isso, a exemplo da Transdordestina. A fruticultura no nosso Estado também apresenta um grande potencial de exploração”, explicou Cid Gomes.
Na oportunidade, o Governador apresentou ao embaixador números relativos ao crescimento econômico e o aumento no números de empregos no Estado. Segundo Cid, em 2009 enquanto o PIB nacional caiu 0,2%, no Ceará o PIB teve uma elevação de 3,1%. Na avaliação do Governador, “esses números refletem a responsabilidade que o Estado, junto com o Nordeste, teve em amenizar os efeitos da crise econômica”. Sobre os dados referentes a criação de empregos formais, o Ceará foi o segundo Estado quem mais criou vagas em 2009, e mantém a posição no primeiro trimestre deste ano. “Os investimentos do Governo do Estado em 2009 chegou a 1 milhão de dólares, em obras de infraestrutura e sociais, gerando mais de 32 mil empregos”, apresentou o Governador.
Cid Gomes também explicou ao embaixador obras que deverão ser instaladas pelo Governo Estadual até o fim do ano. Entre elas está a criação de 125 Escolas de Educação Profissional, a implantação do Cinturão Digital, obra que levará banda larga para cidades que concentram 91% da população urbana cearense, e a instalação de 14 parques de Energia Eólica no Ceará, atualmente responsável por 40% da matriz energética do Estado.
Diante dos dados, o embaixador demonstrou interesse em marcar um novo encontro com o Governador. “Nosso país tem um grande interesse em trabalhar as oportunidades comerciais que o Ceará apresenta. E em colaborar com as ideias que o Governador apresentou”, finalizou Thomas Shannon.
Após o encontro, o Governador e o Embaixador foram para a cerimônia que condecorou a cearense Maria da Penha Maia Fernandes, conhecida como Maria da Penha. A farmacêutica recebeu a condecoração Mulheres de Coragem, comenda designada pela Casa Branca.
20.04.10
Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado
Casa Civil ( comunicacao@casacivil.ce.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 85 3101.6247)
Fonte da Notícia: Clique Aqui.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Amigos de DanCaeFig no Casarão do Espetinho do Jorge(início de 2010)




Daniel e Alano, Mestrando em Zootecnia ; Profa. Universitária Silvana(ex-aluna do Curso de Matemática da UeVA); Boanerges e esposa.

OBMEP 2009



Presidente Lula da Silva entrega medalhas de Ouro da OBMEP 2009. Vê-se na fotografia: Lula; Prof. da UVA e do Colégio Militar de Fortaleza Delano Klinger Alves de Sousa(Coordenador da OBMEP e preparador de Jefferson Lekinho); Jefferson Lekinho( Bicampeão da Medalha de Ouro - representante de Jericoacoara) e Vitória( Medalha de Ouro - representante de Sobral).

Amigo Anderson Léko Vianna com seu filho Jefferson(Bicampeão Medalha de Ouro na OBMEP) - Rio de Janeiro

sábado, 10 de abril de 2010

A Família Paula Pessoa em Fotografias





Francisca Saboia Ximenes de Aragão; Helena Barbosa de Paula Pessoa; Cel. João Barbosa de Paula Pessoa.