terça-feira, 31 de agosto de 2010

Alguns "Causos" da Turma de Engenharia Civil da U.F.C. de 1968

ERA, MAS COM MUITA ARTE...
Contado pelo Costinha
Recentemente me encontrei, casualmente, com o Professor José Lourenço Mont’Alverne. Animado como sempre. Conversador. Contador de ‘causos’. Foi uma alegria.
O Professor Jose Lourenço (O Batatinha), nosso professor e depois meu colega, na UNIFOR, ensinando Mecânica Geral, fazia parte de um grupo que se reunia todo sábado, no Belas Artes da Pontes Vieira. Além de mim, faziam parte no grupo: Hypérides, Professor Nelson Chaves (O Pato Rouco), Fernando Monteiro (Bomba D’água), Professor Augusto Armando (Zóim), José Lourenço e o Rodrigo, Viana da Funceme e outros. O Rodrigo é o filho caçula do José Lourenço, nesta época menino, encarregado de "tomar conta da bebida" do professor.
Outro dia encontrei-me com o Rodrigo. Não o reconheci.
- Professor Costinha, o senhor não está me reconhecendo? Sou o Rodrigo, filho do José Lourenço, encarregado de "pastoreá-lo".
Como sabemos, o Zé Lourenço é um grande conhecedor e apreciador de música clássica, principalmente tratando-se de Beethoven.
Lembremos da famosa aula de música clássica ministrada para nossa turma, com direito a folheto com descrição dos instrumentos, música do gravados do Fernando (‘Abertura 1812’ de Tchaikovsky).
Ao descrever o Corne Inglês, acrescentou:
“Nem é corno, nem inglês”.
Quando ensinava na UNIFOR, existia o curso de Engenharia de Operação, ministrado à noite. Logo, a turma descobriu o gosto do professor por música clássica. Explorava este fato, puxando o assunto, para embromar a aula. Certa vez, o aluno José do Carmo, o vereador, tentando alongar o assunto sobre música, perguntou.
- Professor, aqui entre nós, dizem que o Tchaikovsky era veado?
No que prontamente respondeu alto e indignado.
-Era, mas com muita arte...
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UNIDADE DE CHEIRO
Contado pelo Ivens
O Costinha relatou que, na turma T-66 existia um determinado aluno avesso a práticas de higiene pessoal, conseqüentemente cheirava mau. Provavelmente, de descendência francesa...
Baseado no fato definiu-se uma unidade de mau cheiro, denominada de “Louis”, em homenagem ao “cheiroso” e, como toda unidade que se preze, deve ter nome 'estrangeiro'. No caso, mais do que adequado, francês.
Assim definida:
Constrói-se um quartinho cúbico com arestas de 1,00m, com uma janela quadrada de lados medindo 10,00 cm, mantida fechada. Cria-se no seu interior três (3) gambás à umidade ótima, durante 30 dias.
Abre-se a janela, coloca-se o nariz a uma distância de 5,00 cm e respira-se durante 10,0 segundos. O 'cheiro' que se sente equivale a 1,00 Louis.
Como o Louis é uma unidade muito grande, usa-se sempre submúltiplos com micro Louis etc
Obs: O operador deve ter bom olfato e não estar acometido de doenças que inibam o olfato, tais como gripes, resfriados etc.
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O DOPING
Contado pelo Ivens
Segundo o Costinha, o Ariosto Holanda (de uma turma bem antes da nossa) conta que estava com alguns colegas, na própria Escola, estudando para uma prova de Estática. Era uma daquelas viradas de noite para prova na manhã seguinte.
Nisso, chega o Simão, um funcionário da Escola, reclamando de uma puta dor de cabeça. Alguém, então, diz:
- Simão, tem aqui um remédio para dor de cabeça que é tiro e queda.
E deram ao Simão, com meio copo de café, uma daquelas “bolinhas” que a estudantada usava para ficar acordada a noite inteira.
O Simão tomou e sumiu. O pessoal chegou até a esquecer dele. De repente, o Simão aparece. Agora com os olhos bem arregalados e “muito acessos”.
- Como é, Simão, passou a dor de cabeça?
- Passar, passou, mas estou com uma vontade louca de correr...
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Fonte:http://estoriasdat68.blogspot.com/

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